Histórico
Em meados da década de 30, o presidente
Getúlio Vargas determinou que os restos mortais dos Inconfidentes
degredados para a África fossem trazidos de volta ao Brasil. Cumprida a
missão, os ossos que puderam ser exumados chegaram em 1937. Numa época
em que o resgate da memória brasileira se tornava prioridade tanto para
governo quanto para intelectuais, o local para depósito daquelas
relíquias só podia ser Ouro Preto.
Em 1938, ao ser esvaziado o prédio da
antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica, que ultimamente funcionava
como penitenciária estadual, destinou-se um dos seus salões para abrigar
o Panteão dos Inconfidentes. Em seguida, como complemento, cria-se por
decreto lei do governo federal o Museu da Inconfidência.
Após as reformas para adaptação do
edifício à nova função, em 1944 o primeiro museu da grande porte
instalado fora do litoral do país abria as suas portas.
Em mais de seis décadas de existência, o Inconfidência não perdeu as
características que nortearam sua criação. Contudo, devido à
inexistência de testemunhos em número suficiente para encher todo o
casarão, ele foi organizado na verdade como um documentário sobre a
evolução social de Minas Gerais. A exposição, embora tivesse tido grande
aceitação à época, deixou de acompanhar a evolução museológica e
condições políticas adversas diminuíram consideravelmente as
potencialidades técnicas e administrativas do Museu.
Em 1974 teria início o trabalho de sua
recuperação, que veio culminar com a obra de modernização que em 2006
reformulou a própria filosofia da exposição permanente e criou condições
de excelência para o funcionamento de seus Anexos.
Acervo e exposição
Formado por mais de 4 mil peças, o acervo
do Museu da Inconfidência possui exemplares de praticamente todas as
esferas da vida sócio-cultural mineira dos séculos XVIII e XIX.
Aceitando a verdade histórica de que a
Inconfidência não teria acontecido se não fosse Vila Rica, onde ocorria
o grande confronto com a Metrópole devido à exploração do ouro e onde
estava emergindo uma classe social com massa crítica que permitiu se
pensar na autonomia do país, o Museu foi reestruturado para apresentar a
Inconfidência relacionada com Ouro Preto. No piso inferior é
apresentada a infra-estrutura do desenvolvimento econômico, social e
político e no superior a superestrutura da criação artística de Vila
Rica.
A museologia de grande beleza, a cargo do renomado especialista Pierre Catel, assumiu proporções de nível internacional.
Anexos
O Museu da Inconfidência não se restringe
ao prédio da Casa de Câmara e Cadeia. Três Anexos extendem suas
atividades para os campos de pesquisa documental, promoção cultural,
restauração e conservação e integração com a comunidade.
No Anexo I ficam um auditório onde
acontecem eventos, além de programação gratuita de filmes e palestras, e
a Sala Manoel da Costa Athaíde, que recebe exposições de artistas
contemporâneos. O Anexo II sedia a estrutura administrativa, a reserva
técnica e o laboratório de conservação e restauração.
Já o Anexo III, a Casa do Pilar, pode ser
considerado o centro de pesquisas do Museu. Nele ficam o Arquivo
Histórico, formado por cerca de 40 mil documentos dos séculos XVIII, XIX
e XX e o Setor de Musicologia, que guarda alguns dos mais importantes
manuscritos musicais brasileiros, inclusive do período colonial, como os
da coleção reunida pelo musicólogo Francisco Curt Lange.
Na Casa do Pilar funcionam ainda o Setor
Pedagógico, que há mais de 25 anos desenvolve atividades que estimulam o
exercício da cidadania e a valorização do patrimônio histórico, e a
Bilioteca, que possui cerca de 20 mil volumes.
Exposição Permanente:
-
Praça Tiradentes, 139, Centro, CEP 35400-000 – Ouro Preto, Minas Gerais
-
Funcionamento: de 12h às 18h
-
Ingressos a R$ 6,00 (Estudantes pagam meia entrada)
Anexos I e II
-
Rua Vereador Antônio Pereira, 33, Centro, CEP 35400-000 – Ouro Preto, Minas Gerais
-
Telefones: (31) 3551-1121/3551-1123
Casa do Pilar
-
Rua do Pilar, 76, Pilar, CEP 35400-000 – Ouro Preto, Minas Gerais
-
Telefone: (31) 3551-1378
MUSEU DO ORATÓRIO NA BELÍSSIMA OURO PRETO- MINAS GERAIS
Um dos principais museus de arte sacra do País, o Museu do Oratório, é o único no mundo dedicado aos oratórios. Considerado um dos mais belos museus de Minas Gerais, ele possibilita aos visitantes um passeio pela história da fé dos mineiros. O Museu está instalado na antiga casa do noviciado da Ordem Terceira do Carmo, junto à igreja de Nossa Senhora do Carmo e abriga coleção de 162 oratórios e 300 imagens do século XVII ao XX. O Museu do Oratório funciona diariamente, das 9h30 às 17h30, na Casa Capitular da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo (Adro do Carmo). O Museu do Oratório pode ser visto em museudooratorio.org.br
Museu Casa Guignard - Ouro Preto
Guignard
nasceu em Nova Friburgo / RJ em 1896. Aos 11 anos, mudou-se para
Europa com a família. Lá permaneceu por mais de vinte anos, estudando
desenho e pintura em Munique, e participando de salões e exposições na
França e Itália. Regressa ao Brasil em 1929.
Inicia sua carreira como professor de arte na Escola Nacional de Belas Artes (RJ), por um curto período, e se dedica durante quase uma década a ensinar desenho e pintura para crianças da Fundação Osório(RJ), em um trabalho pioneiro como artista educador no Brasil.
No início da década de quarenta trabalha durante algumas temporadas a paisagem de Itatiaia (RJ). Em 1943, organiza no Rio de Janeiro, com alguns jovens artistas, o ateliê coletivo A Nova Flor do Abacate.
Convidado pelo então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek, transfere-se para a capital mineira em 1944, à frente da escola de arte que hoje traz o seu nome, a Escola Guignard, que teve um papel decisivo na formação de grandes nomes da pintura mineira.
Permanecendo seus últimos dezoito anos de vida em Minas, viajava pelas cidades coloniais em temporadas de trabalho, especialmente Ouro Preto, que chamava “cidade amor inspiração”. Guignard morreu em Belo Horizonte em junho de 1962, e conforme o seu desejo está enterrado na Igreja de São Francisco de Assis em Ouro Preto. É considerado um dos maiores pintores brasileiros do século XX.
O Museu
O Museu Casa Guignard – MCG foi inaugurado em Março de 1987, em um processo que se inicia no início dos anos 60, com a criação da Fundação Guignard, uma iniciativa dos amigos do artista, destinada a apoiar materialmente e difundir sua obra.
Após o seu falecimento em junho de1962, a Fundação Guignard se dissolve e o projeto de um memorial dedicado ao artista em Minas é incorporado ao Estado, com a criação do Museu Casa Guignard com sede em Ouro Preto.
Inicia sua carreira como professor de arte na Escola Nacional de Belas Artes (RJ), por um curto período, e se dedica durante quase uma década a ensinar desenho e pintura para crianças da Fundação Osório(RJ), em um trabalho pioneiro como artista educador no Brasil.
No início da década de quarenta trabalha durante algumas temporadas a paisagem de Itatiaia (RJ). Em 1943, organiza no Rio de Janeiro, com alguns jovens artistas, o ateliê coletivo A Nova Flor do Abacate.
Convidado pelo então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek, transfere-se para a capital mineira em 1944, à frente da escola de arte que hoje traz o seu nome, a Escola Guignard, que teve um papel decisivo na formação de grandes nomes da pintura mineira.
Permanecendo seus últimos dezoito anos de vida em Minas, viajava pelas cidades coloniais em temporadas de trabalho, especialmente Ouro Preto, que chamava “cidade amor inspiração”. Guignard morreu em Belo Horizonte em junho de 1962, e conforme o seu desejo está enterrado na Igreja de São Francisco de Assis em Ouro Preto. É considerado um dos maiores pintores brasileiros do século XX.
O Museu
O Museu Casa Guignard – MCG foi inaugurado em Março de 1987, em um processo que se inicia no início dos anos 60, com a criação da Fundação Guignard, uma iniciativa dos amigos do artista, destinada a apoiar materialmente e difundir sua obra.
Após o seu falecimento em junho de1962, a Fundação Guignard se dissolve e o projeto de um memorial dedicado ao artista em Minas é incorporado ao Estado, com a criação do Museu Casa Guignard com sede em Ouro Preto.
Prédio
O Museu está instalado em um sobrado colonial do sec. XVIII, na antiga Rua Direita, hoje Conde de Bobadela, construído para residência que integra o conjunto arquitetônico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. A casa, de propriedade da família Costa Sena, foi adquirida pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG) em 1974 e cedida em comodato à Secretaria Estadual de Cultura para uso exclusivo como sede do Museu Guignard.
Em seu pátio interno, destaca-se um chafariz, em pedra-sabão, também tombado pelo IPHAN, cuja autoria é atribuída a Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho). Guignard nunca morou nessa casa que, adquirida pelo Estado em inícios dos anos de 1980, foi restaurada e destinada à instalação do Museu.
• Acervo
O acervo do Museu Casa Guignard foi constituído inicialmente com obras, objetos e documentos pessoais do artista que estavam sob a guarda da Fundação de Arte de Ouro Preto, com origem na Fundação Guignard:
Três desenhos em grafite, duas ilustrações para contos da escritora mineira Lúcia Machado de Almeida, um álbum com desenhos de figurinos para a peça “A Caçadora de Borboletas”, uma série de 12 estudos para um retrato de Guignard, de Carlos Scliar, uma cabeça de Guignard feita em bronze, de Amílcar de Castro,objetos de uso pessoal e trabalho, fotografias do artista e 58 documentos diversos. Deste material se destaca um livro de autógrafos e dedicatórias, no qual Cecília Meirelles, Oswald de Andrade, Anita Malfati, Manoel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade, dentre outros amigos e intelectuais, dedicam a Guignard poemas, desenhos e homenagens.
A ele somaram-se ainda as doações de um violão pintado, uma cama decorada, ambos de autoria de Guignard, e de um desenho de Takaoka, que retrata o artista. Na década de oitenta, após a inauguração, foi adquirido pelo Estado para acervo da instituição, um álbum com 111 cartões de Amor dedicados à pianista Amalita Fontenele e suas irmãs Lola e Anita, produzidos no Rio de Janeiro entre 1932 a 1937. Também foi incorporada de forma permanente a exposição dedicada ao artista no museu, uma grande paisagem sobre Minas Gerais, de propriedade do Museu da Inconfidência.
Em 1997 o museu recebeu, através de aquisição, uma coleção de 165 fotografias de Guignard em Ouro Preto, do fotógrafo Luiz Alfredo.
O Museu está instalado em um sobrado colonial do sec. XVIII, na antiga Rua Direita, hoje Conde de Bobadela, construído para residência que integra o conjunto arquitetônico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. A casa, de propriedade da família Costa Sena, foi adquirida pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG) em 1974 e cedida em comodato à Secretaria Estadual de Cultura para uso exclusivo como sede do Museu Guignard.
Em seu pátio interno, destaca-se um chafariz, em pedra-sabão, também tombado pelo IPHAN, cuja autoria é atribuída a Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho). Guignard nunca morou nessa casa que, adquirida pelo Estado em inícios dos anos de 1980, foi restaurada e destinada à instalação do Museu.
• Acervo
O acervo do Museu Casa Guignard foi constituído inicialmente com obras, objetos e documentos pessoais do artista que estavam sob a guarda da Fundação de Arte de Ouro Preto, com origem na Fundação Guignard:
Três desenhos em grafite, duas ilustrações para contos da escritora mineira Lúcia Machado de Almeida, um álbum com desenhos de figurinos para a peça “A Caçadora de Borboletas”, uma série de 12 estudos para um retrato de Guignard, de Carlos Scliar, uma cabeça de Guignard feita em bronze, de Amílcar de Castro,objetos de uso pessoal e trabalho, fotografias do artista e 58 documentos diversos. Deste material se destaca um livro de autógrafos e dedicatórias, no qual Cecília Meirelles, Oswald de Andrade, Anita Malfati, Manoel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade, dentre outros amigos e intelectuais, dedicam a Guignard poemas, desenhos e homenagens.
A ele somaram-se ainda as doações de um violão pintado, uma cama decorada, ambos de autoria de Guignard, e de um desenho de Takaoka, que retrata o artista. Na década de oitenta, após a inauguração, foi adquirido pelo Estado para acervo da instituição, um álbum com 111 cartões de Amor dedicados à pianista Amalita Fontenele e suas irmãs Lola e Anita, produzidos no Rio de Janeiro entre 1932 a 1937. Também foi incorporada de forma permanente a exposição dedicada ao artista no museu, uma grande paisagem sobre Minas Gerais, de propriedade do Museu da Inconfidência.
Em 1997 o museu recebeu, através de aquisição, uma coleção de 165 fotografias de Guignard em Ouro Preto, do fotógrafo Luiz Alfredo.
• Projetos de Pesquisa
Projeto Guignard
O projeto teve como objetivo ampliar o acesso à produção do artista, cuja maior parte das obras está dispersa em coleções particulares e com alto custo de aquisição. O Projeto, concebido nos anos de 1980, encontra-se em andamento. Na primeira fase, totalmente concluída, foram inventariadas mais de 200 obras localizadas em coleções públicas e particulares de Belo Horizonte e Ouro Preto. A proposta do Projeto é disponibilizar em meio digital, imagens e textos para consulta pública.
O projeto foi financiado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura/2004 - Petrobrás e Cemig.
Conheça o projeto acessando o site: www1.cultura.mg.gov.br
Projeto Guignard
O projeto teve como objetivo ampliar o acesso à produção do artista, cuja maior parte das obras está dispersa em coleções particulares e com alto custo de aquisição. O Projeto, concebido nos anos de 1980, encontra-se em andamento. Na primeira fase, totalmente concluída, foram inventariadas mais de 200 obras localizadas em coleções públicas e particulares de Belo Horizonte e Ouro Preto. A proposta do Projeto é disponibilizar em meio digital, imagens e textos para consulta pública.
O projeto foi financiado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura/2004 - Petrobrás e Cemig.
Conheça o projeto acessando o site: www1.cultura.mg.gov.br
Passos de Guignard em Ouro Preto.
Os
passos de Guignard são os itinerários espaciais e líricos do artista em
Ouro Preto, roteiro traçado a partir de depoimentos de pessoas do seu
convívio cotidiano, entre os anos de 1940-1962. É um convite a descobrir
o território definido por ele como “cidade amor inspiração”.
Projeto Cartões de Amalita
O
projeto teve como objetivo divulgar e preservar o Álbum Cartões de
Guignard para Amalita, por meio de uma edição fac-símile acompanhada de
estudos críticos sobre a obra. Composta por 111 cartões, a obra foi
realizada entre 1932 e 1937 e parece transparecer um mergulho do artista
nos sonhos intimistas e aconchegantes do dia-a-dia da classe média,
dando forma lírica ao seu amor por uma mulher. O projeto foi aprovado
pela Lei Federal de Incentivo à Cultura 2004 / Petrobras
Ação Educativa
Oficinas de arte dão oportunidades a novos talentos |
Em 1992 o Museu Casa Guignard iniciou um programa de
ação educativa, voltado para professores e alunos da Rede de Ensino de
Ouro Preto e grupos organizados da comunidade e turistas. O programa
envolve ações diversificadas, como visitas orientadas, oficinas de artes
plásticas, palestras e exposições.
Dentre as suas atividades, destaca-se a Oficina de Interpretação da Paisagem, oferecida a escolas de distritos do município de Ouro Preto. Tendo como foco Guignard e sua visão da paisagem mineira, a oficina desenvolve exercícios de observação, memória e documentação do meio ambiente dessas regiões.
Outra ação que o museu desenvolve em parceria com a comunidade de Ouro Preto é a “noite de São João”. Trata-se de uma evocação a um dos temas de Guignard, com uma festa em 24 de junho, dia dedicado ao Santo, em frente ao Museu, na Rua Direita, com projeções da obra do artista, música, dança e comidas típicas.
Dentre as suas atividades, destaca-se a Oficina de Interpretação da Paisagem, oferecida a escolas de distritos do município de Ouro Preto. Tendo como foco Guignard e sua visão da paisagem mineira, a oficina desenvolve exercícios de observação, memória e documentação do meio ambiente dessas regiões.
Outra ação que o museu desenvolve em parceria com a comunidade de Ouro Preto é a “noite de São João”. Trata-se de uma evocação a um dos temas de Guignard, com uma festa em 24 de junho, dia dedicado ao Santo, em frente ao Museu, na Rua Direita, com projeções da obra do artista, música, dança e comidas típicas.
Associação dos Amigos do Museu Casa Guignard
Em
maio de 2001, foi criada a Associação dos Amigos do Museu Casa
Guignard, com o objetivo de apoiar as iniciativas culturais da
instituição e captar recursos junto à iniciativa privada, para
viabilizar seu Programa de Revitalização.
Presidente: Ricardo Pereira
Telefone - (31) 3551-5155
Presidente: Ricardo Pereira
Telefone - (31) 3551-5155
Endereço:
Museu Casa Guignard
Rua Conde de Bobadela (antiga Rua Direita), 110
CEP 35.400-000 – Ouro Preto, MG
Telefone – (31) 3351 5155
E-mail - museuguignard@cultura.mg.gov.br
Rua Conde de Bobadela (antiga Rua Direita), 110
CEP 35.400-000 – Ouro Preto, MG
Telefone – (31) 3351 5155
E-mail - museuguignard@cultura.mg.gov.br
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